Newsletter Instante Perecível #51
Newsletter Instante Perecível
nós não paramos o carrossel da vida
mas cada volta
pode ser mais bonita
se acompanhada de arte
aqui eu te conto sobre o que me faz brilhar os olhos
os livros que me devolvem um sopro de vida
a poeira do tempo em cada palavra
um instante perecível
Vem comigo?
Sessão com título Clariceano para compartilhar com você um texto autoral.
Resenhas poéticas de dois livros maravilhosos que eu li nas férias:
terminei o ano
e comecei o Novo ano
na companhia de Aline Bei e Júlia Terra
Dancei a pequena coreografia do adeus
com uma pedra involuntária no peito
que se transformou em grito de Vida
a cada página lida
eu risquei o papel como cada palavra riscava a minha Alma
senti arrepios pelo Corpo todo
lágrimas nos olhos
deixei que o vento da arte
da escrita
agraciasse a minha Vida
e devolvesse o ar para os meus pulmões
um sopro de Vida para esse novo ano que se apresenta
em mistério e recomeço
Aline,
as tuas Palavras despertam em mim o desejo de Ser
- e de Escrever -
me entregam a explosão
com ritmo, beleza e Poesia
nós não paramos o carrossel da vida
mas essa volta será diferente
sem adiar as melhores coisas
com sede de
Vida
nossa maior ruína e única salvação
Fernando
quer dizer,
Francisco
eu li o teu livro num estado de fome
devorei cada palavra
cada página vazia de palavra
que contava
uma história inteira dançando
no meu peito todo o sentimento
de raiva que é um pouquinho
ou muito
de amor
cada promessa que não se cumpria
na próxima página
eu ri
um riso de identificação
de surpresa
em encontrar tudo
tanto
de mim
ali
nas tuas palavras
e na falta delas
Fernando,
Francisco
eu me encontro agora
"Estropiada furibunda"
escrevendo para ocupar
a falta
do final desse livro
com as mãos que te escrevem
sobre a falta
sobre o que faz falta
de ser
"e me acostumar com a coisa que sou
e que me fiz ser"
que vontade de escrever tudo que ficou engasgado Fernando
Francisco
colocamos uma lona preta sobre os móveis
como quem adia o sonho
tentando proteger a vida
da poeira do tempo
chove aqui dentro
e as paredes se desfazem
….
ontem tiramos a lona preta dos móveis
uma fina poeira branca
cobria todo o lugar
antes coberto somente de confidências
aos poucos
os móveis foram voltando pro lugar
as janelas foram limpas
e finalmente
foi possível vislumbrar o horizonte
...
Por Bruna Berger Roisenberg
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Com amor,
Bruna Berger Roisenberg