Newsletter Instante Perecível #67
A news instante perecível tem uma nova casa, e esse é um e-mail de teste que eu estou enviando. O conteúdo do e-mail é a news #67, que você já deve ter recebido mais cedo na sua caixa de e-mail, e por isso eu peço desculpas. Você vai continuar recebendo a news normalmente (assim espero). Qualquer mudança que você perceber, me avisa! Eu estou migrando do mailchimp para o substack, que me parece uma plataforma mais adequada para os objetivos dessa news. No mais, estou à disposição! Um abraço carinhoso.
Newsletter Instante Perecível
sacrificar a página em branco
escrever os nossos passos
e fazer para o inominável
uma cama de palavras
contar mais uma história
tecer a vida
de sentidos
a serem criados
e recriados
sempre que sacrificamos
a página em branco
levamos um pouco de todos
que já escreveram
e escrevem
a cada passo
não estamos sós
Vem comigo?
Sessão com título Clariciano para compartilhar com você um texto autoral.
a lua iluminou os nossos passos
e encantou os nossos olhos
enquanto as pernas cansadas
descansavam o corpo
da melancolia de domingo
e eu te ouvia falar
da história geológica do planeta
do acúmulo de sal de mares extintos
do tempo exato
das condições exatas
para fazer nascer o impensável
milhões de anos falados no diminutivo
quem foi que inventou que a vida é curta?
uma história está sempre sendo contada
e recontada
diante de tudo o que não sabemos
e ainda
contar uma história
é a nossa sina
• A metamorfose - Franz Kafka
Esse livro curtinho é de uma profundidade tremenda. São tantas metáforas e tantas camadas de compreensão dessa metamorfose... Amei e indico muito!
• O poeta de Pondichéry - Adília Lopes
A obstinação de escrever maus poemas. Sacrificar a página em branco, escrever os teus ossos, os teus olhos. Eu concordo contigo Adília, vivemos como escrevemos. Ou escrevemos como vivemos? Os versos são perigosos, como o fogo, e ler o que se escreve exige coragem. Algo se escreve através de nós. Algo que nunca podemos tocar, mas tentamos infinitamente. Continuamos escrevendo. Escrevendo cartas ridículas, cartas de amor. A poesia é um jogo perigoso, e eu arrisco. Que alegria jogar contigo, Adília.
"nunca escrevi cartas de amor
mas costumo pensar que escrevi cartas ridículas
e por ter a mania de pôr o carro à frente dos bois
acho que todas as cartas ridículas
são cartas de amor"
Adília Lopes
Novo episódio:
Um café com a Medusa, de Ana Martins Marques
O podcast Literapia foi criado para compartilhar trechos de escritos que eu amo. Lá tem algumas meditações, poesias, palavras-abraço para todos os gostos. Você também pode me seguir no @literapia.podcast
Que bom te ter aqui comigo!
Sugestões, palavras de amor, críticas e tudo o mais, é só me falar. Vou adorar te escutar.
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Você pode comprar o livro Instante Perecível aqui.
Te cuida e cuida dos teus amores!
Com amor,
Bruna Berger Roisenberg
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brunapc@gmail.com
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Muito obrigada pela companhia