Te escrevo agora de uma sala de embarque. Depois de 2 anos e meio de pandemia e uma infinitena (como diria Patrícia Palumbo), estou de volta ao aeroporto. Um sonho. Estou voltando pra casa. Tenho as pernas cansadas, uma mala de roupas sujas, um caderninho repleto de lembranças, e um livro que eu trouxe só pra passear (pois o cansaço dos dias não me permitia ler nem uma linha antes de dormir – ou desmaiar – na cama). No peito eu trago a memória de 4 dias incríveis. Do meu lado o melhor parceiro de viagem: meu irmão. São Paulo nos recebeu com dias lindos, calor, lugares incríveis e comidas gostosas. Prometo voltar e te contar mais do que vivemos. Por hora ainda estou costurando com afeto a vivência de dias tão intensos (afinal, eu viajo possuída pelo ritmo ragatanga, sem parar um segundo, querendo ver tudo, viver tudo!).
Estou te escrevendo em travessia – literal e simbólicamente. Concordo com Saramago, é preciso sair da ilha para ver a ilha. Escrever em trânsito é estar inspirada por chegadas e partidas. Deixo uma parte minha em São Paulo. Trago uma parte de São Paulo comigo. Acabo de ler na maravilhosa news da Mari Bragança: na dúvida, viaje. Faço das palavras dela as minhas: viaje! Viaje mesmo sem sair da sua cidade, sem sair de casa. Olhe tudo com olhos de turista, como quem olha o mundo com o encantamento da novidade e da descoberta.
Ser turista na própria cidade
Estranhar o corriqueiro
Redescobrir o conhecido
Se espantar com o normal
Enxergar pela primeira vez
O que já foi visto diversas vezes
Um abraço carinhoso!
Até a próxima ♡
ahhhh, que delícia de conexão!
"Olhe tudo com olhos de turista, como quem olha o mundo com o encantamento da novidade e da descoberta." - amei amei amei!