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Bruna, fiquei pensando nesse seu texto. Recentemente levei o meu marido americano pela primeira vez a São Paulo, que foi onde cresci. Vários lugares das minhas memórias afetivas não existem mais. Não só o meu colégio foi demolido e virou um prédio residencial, como todo o bairro de Pinheiros está em processo de virar uma outra coisa. E é estranho que esses lugares vão só existir na memória.

Se isso fosse só uma perda individual, seria uma coisa. Mas a gente tem passado o rolo compressor na história das cidades, na história do país. Na Avenida Paulista não sobrou quase nada da era do café, um tempo importante pra explicar quem somos e pra falar da imigração no país. Faltam museus em memória da escravidão, a principal ferida do Brasil. E é interessante porque alguns dos momentos mais inspiradores que tive em São Paulo foram nos museus, tanto o Itaú Cultural quanto a Japan House - não porque eles celebrem o passado, mas porque eles dão um senso de possibilidade pro futuro. Se a gente já fez tanta coisa, o que mais não podemos fazer? De outra forma, ficamos fixados em um eterno presente. Beijos

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Ariela, muito obrigada pela tua resposta! Eu amei saber mais sobre ti, sobre a tua história. Sim, eu co concordo completamente contigo! Estamos mesmo passando um rolo compressor na história do país. E olhar pra nossa história é também olhar para o futuro.

Posso compartilhar a tua resposta na próxima news? Eu sinto que tu trouxe pontos tão importantes de serem compartilhados pra que a conversa continue! Você me permite?

No mais, te envio um abraço de muito carinho e admiração ♡

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Claro!! Fique à vontade pra colocar na próxima :)

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Florianópolis também é a cidade onde moro. A quantidade de casas demolidas tem me assustado bastante. Abraço!

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